Doces ou travessuras? Olá queridos seguidores, como está sendo o dia do halloween? Por aqui foi meio agitado, mas nada muito assustador. Alice ganhou destaque em uma loja de fantasias (por ser fofa demais), e dois pirulitos de um primo nosso. Já eu, não ganhei nada, é claro. Mas não tem problema, eu tenho chocolate na geladeira e vou me acabar nele quando acabar essa postagem. Ah, vocês sabiam que hoje também se comemora o #PotterDay, pois é meus caros. Para quem é fã da saga ou não, hoje celebra o dia em que o bebê Harry "derrotou" o Lord Voldemort. Um dia triste para o Harry, e uma grande vitória para o mundo bruxo naquela época.
Além de outubro comemorar o halloween no final do mês, ele também traz o inktober - um projeto que incentiva desenhistas a sair da zona de conforto, oferecendo temas para serem desenhados durante os trinta e um dias. Na postagem passada eu disse que iria participar esse ano e que iria seguir o prompt da Cici, e isso foi feito. Vou deixar meus desenhos aqui para quem quiser ver. Só lembrando que eu não sou nenhuma desenhista e que faz muito tempo que eu não dedico um tempo real para desenhar. Dito isso, agora vamos ao tema principal da postagem.
O nosso querido e amado Together, neste mês sugeriu como blogagem coletiva escrever um conto de halloween. Nós tínhamos que escolher um conjunto de palavras, sendo três delas temáticas e uma aleatória, e a partir delas tocar o terror. Confesso que pra mim a coisa não anda muito bem, visto que falta menos de algumas horas para entregar a postagem, e eu já recomecei esse conto umas quatros vezes no mês. Essa vai ser minha última tentativa, se não sair nada que eu goste ou fique no mínimo satisfeita, esse halloween vai terminar com um leve gosto amargo pra mim. O conjunto de palavras que eu escolhi foi por causa da Alice, que no momento está amando histórias que tenham lobo.
06. Sangue de Virgem - Lobo - Meia-noite - Cebolinha
Irmãs de Sangue
Na pequena cidade de Canuanã, não existia muito o que se fazer quando chegava as férias. Muitos jovens nesse período iam ajudar os pais nas plantações de cebolinha, ou partiam em viajem para casa de parentes distantes. Júlia não tinha tanta sorte, restava a cebolinha para cuidar.
Quase duas semanas depois, a cidade dava boas vindas a uma nova família. Tudo parecia normal, quatro filhas, pai, mãe e um lindo cachorro. Não demorou muito para que as quatro irmãs fossem alvo das atenções de todos, pois elas vivam saindo pela cidade sempre de mãos dadas passeando com o cachorro. Apesar de lindas, as garotas eram muito serias - o que fazia as pessoas ficarem longe por um certo receio.
Júlia não se importava e não queria fazer amigos, apenas sonhava em sair da cidade e crescer na vida. Mas seus planos de não ter amigos foram interrompidos quando as quatro irmãs cismaram que queriam ela para passear pela cidade, como se fosse uma quinta irmã. Ela sempre recusava e não entendia a insistência, tanto que parou de ir na rua durante uma semana. Até que na última semana de férias, Júlia precisava comprar canetas novas e quando mal saiu de casa, as irmãs apareceram.
— Vem com a gente! - Ao som de quatro vozes femininas.
— Por que?
— Você é linda, mas muito triste. Se vir conosco, vai se divertir.
Júlia não gostava de ouvir que era linda, pois isso a fazia lembrar de momentos difíceis na vida.
Antes de recusar, uma das irmãs disse que ela era muito estilosa e que tinha amado a saia dela. Ao perguntar se Júlia queria seguir carreira no mundo da moda, seu coração bateu mais forte.
Quase duas semanas depois, a cidade dava boas vindas a uma nova família. Tudo parecia normal, quatro filhas, pai, mãe e um lindo cachorro. Não demorou muito para que as quatro irmãs fossem alvo das atenções de todos, pois elas vivam saindo pela cidade sempre de mãos dadas passeando com o cachorro. Apesar de lindas, as garotas eram muito serias - o que fazia as pessoas ficarem longe por um certo receio.
Júlia não se importava e não queria fazer amigos, apenas sonhava em sair da cidade e crescer na vida. Mas seus planos de não ter amigos foram interrompidos quando as quatro irmãs cismaram que queriam ela para passear pela cidade, como se fosse uma quinta irmã. Ela sempre recusava e não entendia a insistência, tanto que parou de ir na rua durante uma semana. Até que na última semana de férias, Júlia precisava comprar canetas novas e quando mal saiu de casa, as irmãs apareceram.
— Vem com a gente! - Ao som de quatro vozes femininas.
— Por que?
— Você é linda, mas muito triste. Se vir conosco, vai se divertir.
Júlia não gostava de ouvir que era linda, pois isso a fazia lembrar de momentos difíceis na vida.
Antes de recusar, uma das irmãs disse que ela era muito estilosa e que tinha amado a saia dela. Ao perguntar se Júlia queria seguir carreira no mundo da moda, seu coração bateu mais forte.
"Será que alguém está reconhecendo os meus talentos?"
— Tudo bem. Vocês podem me acompanhar até a lojinha da esquina.
No caminho muito se foi conversado. As irmãs respondiam todas as dúvidas que Júlia tinha sobre elas, e do porquê delas insistirem tanto em Júlia.
Ela não queria admitir, mas a companhia das irmãs a fez bem.
• • •
Após três dias de muita interação, Júlia e as irmãs eram quase inseparáveis. Quem as olhava de fora não sabia dizer se eram apenas cinco amigas ou cinco irmãs. Elas começaram a se vestir igual, a falar igual. Júlia só era ela mesma quando estava sozinha em seu quarto estudando, e nesse momento sempre sentia seus ombros leves.
Em uma noite qualquer depois de muito estudar, Júlia recebeu uma mensagem no celular. Era uma das irmãs desesperada pedindo por socorro.
Chegando na casa das irmãs, ela percebeu que não havia nada de perigoso ou anormal para tanto grito na mensagem. Quando tentou chamar pelas garotas, sentiu alguém a segurando e colocando um pano úmido com cheiro forte no seu nariz. Júlia apagou antes mesmo de ver quem estava fazendo aquilo.
Horas depois, quando ela finalmente acordou, percebeu que ainda estava na casa das irmãs e que elas estavam paradas na sua frente.
— Finalmente você acordou irmãzinha. Achei que tinha te matado antes da hora.
— O que está acontecendo? Que brincadeira é essa?
— Nada de mais. Apenas queremos você como irmã e vamos aproveitar para alimentar nosso querido Fester.
Fester era o cachorro, que apesar de lindo, tinha um comportamento estranho para um animal.
— Me tira daqui! Agora!
— Calma irmã. Logo vai dar meia-noite e aí sim poderemos começar.
Júlia gritou, chorou e implorou horrores para sair daquele lugar e quando não aguentava mais, percebeu que o relógio grande pendurado na parede da sala marcava meia-noite.
As quatro irmãs deram as mãos e fizeram um circulo em volta de Júlia, e começaram a falar palavras estranhas enquanto ela gritava fervorosamente. Atrás delas, sem Júlia perceber, o cachorro que estava apenas dormindo, começou a se levantar. Conforme o animal se mexia, maior ele ficava e quando se conta, Júlia não via mais um cachorro e sim um lobo enorme pronto pra atacar.
Quando o ritual acabou, uma das irmãs disse baixinho para Júlia em seu ouvido.
— Ele gosta de sangue de virgem. - E saiu rindo.
— Não se preocupe pequena irmã, logo será uma de nós. Fester apenas pegará seu sangue como pagamento. Depois disso, vamos juntas atrás de mais irmãs.
A última lembrança de Júlia é de sentir os dentes afiados de Fester em seu pescoço.
Esta postagem faz parte da Blogagem Coletiva de outubro do Together, um projeto para unir a blogosfera! Para saber mais, clique aqui.
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