Me levaram de cadeiras de rodas até uma sala onde tinha outras grávidas em trabalho de parto, tudo separado por cortinas o que me fazia ouvir em alto e bom som, as outras mulheres gritando de dor. Nesse lugar deitada na maca, ouviram o coração da Alice de novo, e depois me fizeram ficar quase uma hora de baixo do chuveiro (parece que água ajuda a com a dor). Mas vou confessar, trinta minutos depois eu não aguentava mais aquela água batendo em mim, então eu pedi para sair e me pediram pra ficar um pouco mais. Assim eu fiz, porém dez minutos depois eu falei assim: “Mãe, fala que eu vou sair de qualquer jeito!”. Depois que sai, as enfermeiras me ofereceram aquela bola de pilates para fazer alguns exercícios para ajuda na dilatação, só que eu recusei (acho que eu mataria aquela bola), então elas falaram para fazer agachamentos quando sentisse as contrações.
Após os exercícios e exame de toque, lá se foram algumas horas. E antes da minha bolsa estourar, lá estava eu sonolenta mais uma vez deitada na maca, com aquela máquina ligada em mim para ouvir o coração da Alice. Esses últimos momentos foram bem ruinzinhos, pois teve uma hora que eu fiquei agoniada igual no chuveiro e queria levantar, tirar aquela máquina de mim, e quando fizeram eu vomitei pela última vez. Cansada, eu capotei na maca e só senti o último exame de toque, quando de repente minha bolsa estourou. Fui andando até a sala de parto, e depois de muita força, dor, achando que não ia aguentar, da minha mãe ajudando a empurrar, Alice nasceu. Ela nem chorou, só ficou me olhando com cara de brava, hahahaha!
Acho que é isso.
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